sábado, 23 de setembro de 2017


I Simpósio Paraibano do UMBU


No dia 21 de setembro, quinta feira, aconteceu em Campina Grande-PB o I Simpósio Paraibano de Umbu. Uma iniciativa de pesquisadoras/es em fortalecer as reflexões sobre os cuidados na preservação do Umbuzeiro, planta símbolo de resistência no sertão e de expressivo valor econômico para a agricultura familiar. O umbu além de ser muito nutritivo também pode ser beneficiado de inúmeras formas como compotas, doces, sucos, cerveja dentre outros produtos que foram expostos no simpósio que compõem essa diversidade do umbuzeiro. O evento contou com a presença de pesquisadoras/es, estudantes e principalmente o relato de agricultoras e agricultores do Nordeste que estão ligadas a essa rede. O umbu é uma cultura que está ligada a sociobiodiversidade pelo seu caráter econômico, social e ambiental agindo na formação de cultura e renda as famílias do campo. Importante para a ecologia e preservação do bioma Caatinga o umbu é referenciado como símbolo sagrado do semiárido sendo assim de grande importância sua preservação e multiplicação. O evento foi fruto de uma parceria entre o Instituto Nacional do Semiárido (INSA) e diversas organizações de pesquisa e movimentos sociais onde reuniu pessoas de vários locais do Nordeste dando assim mais um passo para fortalecer esta rede agroecológica a caminho de uma agricultura cada vez mais sustentável.

“O Umbu da de comer e da de beber”
Sr. Severino de Moura Maciel/ Agricultor de Lagoa Seca.

Matéria: Micorriza comunicação Agroecológica

As cores do Solo - Relatos - #1 Augusto


As cores do Solo #Relatos 1


O curso As cores do Solo vem com a proposta de aproximar as juventudes do campo pra dentro da universidade e vivenciar uma troca de saberes, interação com outras realidades e práticas de agricultura com base agroecologica. 

No vídeo o relato do jovem agricultor Augusto Belarmino de Sousa, educando no curso As cores do solo. Núcleo de Agroecologia de Bananeiras- UFPB.




Mídia: Micorriza Comunicação Agroecológica

sábado, 17 de maio de 2014

“Cidades em Transição”: Os 12 passos da transição

O movimento “Cidades em Transição”, que busca retirar o petróleo da vida urbana e promover economias municipais, acredita que não existe um modelo único de transição, nem que tenha encontrado todas as respostas para resolver o problemada escassez do petróleo e do aquecimento global.
A ideia é que cada sociedade use a criatividade para fazer a mudança. Para asgrandes cidades, uma alternativa é fazer a transição pelos bairros, reforçando o comércio regional. Bristol, no sudoeste da Inglaterra apostou nessa perspectiva. Com mais de 400 mil habitantes, a cidade foi “dividida” em 12 partes. Cada uma delas está procurando achar sua própria solução. Rob
Hopkins, teórico do movimento, acredita que cada experiência vai servir de inspiração para novas ações e iniciativas. Também não existe um calendário coletivo para a conclusão dessa transição entre a economia do petróleo global e a economia sustentável local. Cada cidade tem a sua.
Totnes, no Sul da Inglaterra, considerada o berço do movimento, espera concluir sua jornada em 2030. Na linha do tempo traçada pelo movimento, quando a tarefa for concluída muito dos hábitos e costumes da cidade terão sido modificados. As pessoas deverão consumir produtos locais e a dieta será baseada muito mais em vegetais do que na carne. As escolas passarão a preparar as crianças para as reais demandas da época, cozinhar, construir casas a partir de materiais naturais como adobe e barro e a fazer jardinagem.
Os conceitos de sustentabilidade e resiliência, que é a capacidade que um sistema possui de resistir a choques externos, passarão definitivamente a fazer parte do currículo. O transporte público ganha espaço e andar de carro será sinônimo de comportamento antissocial.

Para orientar cidades interessadas em aderir ao movimento, Rob Hopkins, organizou “Os 12 passos para a transição”. Eles estão no seu livro “The TransitionHand Book” (Livro de Bolso da Transição, em uma tradução livre).

São eles:
  1. Formar grupos na sociedade para discutir possíveis ações para diminuir oconsumo de energia na sociedade. Temas como importação de alimentos, energia, educação, moeda local, urbanismo e transporte. É importante que o sucesso coletivo seja colocado acima dos interesses pessoais. Deve haver um representante para cada grupo.
  2. Identificar possíveis alianças e construir networks. Preparar a sociedade em geral para falar das consequências do fim da era do petróleo barato e sobreaquecimento global. Palestras com especialistas e mostras de filmes como “The End of Suburbia”, “Crude Awakening”, “Power of Community” têm sido muito eficientes. Esses filmes se encontram para download no websitewww.transitiontowns.org
  3. Incorporar ideia de outras organizações e iniciativas já existentes.
  4. Organizar o lançamento do movimento. Isso pode ocorrer entre seis meses e um ano após o primeiro passo.
  5. Formar subgrupos que vão olhar para suas regiões específicas e imaginar como a sociedade pode se tornar resiliente, ou seja, ser autossuficiente e capaz de suportar choques externos, como a falta do petróleo.
  6. Fazer eventos em espaços abertos. É importante que a sociedade perceba o movimento e queira fazer parte dele.
  7. Realizar atividades que requerem ação. Em Totnes, por exemplo, foi decidido que as árvores frutíferas poderiam trazer benefícios para a cidade. Houve um mutirão para fazer o plantio de mudas de castanheiras.
  8. Recuperar a hábitos perdidos como fazer concertos públicos, cozinhar, fazer jardinagem, cultivar hortas e andar de bicicleta.
  9. Construir bom relacionamento com governo local.
  10. Escutar os mais velhos. As pessoas que viveram entre 1930 e 1960, época em que o petróleo ainda não era tão importante, podem ter muito a ensinar.
  11. Não manipular o processo de transição para essa ou aquela tendência. O papel do movimento não é levar todas as respostas, mas deixar que a população encontre meios para a transição. O movimento deve ser um grande catalisador de ideias.
  12. Criar um plano de ação para reduzir o consumo de energia da cidade. Cada grupo mostra o que foi decidido para cada área antes de colocá-las em prática.
CIDADES EM TRANSIÇÃO
O movimento Cidades em Transição, ou Transition Towns, foi criado pelo inglês Rob Hopkins em 2006, com o objetivo de transformar as cidades em modelos sustentáveis, menos dependentes de combustíveis fósseis, mais integradas à natureza e ao meio ambiente e mais resistentes a crises externas, tanto econômicas quanto ecológicas, através do fortalecimento da comunidade local e do redesenho dos espaços, ações e relações.
Diferente da abordagem fatalista, Cidades em Transição tem uma visão realista e positiva do futuro, acreditando na ação transformadora de indivíduos, comunidades e instituições na criação de novos modelos mais integrados e resilientes, com base local.
O movimento está presente em mais de 15 países. Já gerou mais de 8.000 iniciativas de transição e 300 cidades oficialmente reconhecidas ao redor do mundo. Chegou ao Brasil em 2009, por questões de escala e da grande densidade demográfica das cidades brasileiras, o movimento aqui se organizou por bairros.
Sites de Referência:
http://www.transitionnetwork.org
http://transitionbrasil.ning.com
http://www.transitiontowns.org
http://totnes.transitionnetwork.org
http://www.transitiontogether.org.uk

“Não leve as experiências da vida tão a sério. Não deixe principalmente que elas o magoem, pois na realidade, nada mais são do que experiências de sonho… Se as circunstâncias forem ruins e você precisar suportá-las, não faça delas uma parte de você mesmo.
Desempenhe o seu papel no palco da vida, mas nunca esqueça de que se trata apenas de um papel. O que você perder no mundo não será uma perda para sua alma.
Confie em Deus e destrua o medo, que paralisa todos os esforços para ser bem sucedido e atrai exatamente aquilo que você receia.”
Yogananda
fonte:http://www.recriarcomvoce.com.br/blog_recriar/cidades-em-transicao-os-12-passos-da-transicao/

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Feira agroecológica em bananeiras iniciou na última quarta feira

BANANEIRAS-PB Município inicia projeto de feira agroecológica

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Numa parceria entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuária e da pesca, AGENTE e EMATER, teve início nesta quarta-feira, 14 de Maio, a feira agroecológica da cidade de Bananeiras-PB. A ideia é oferecer produtos orgânicos de qualidade aos Bananeirenses, possibilitando o aumento na renda dos agricultores da agricultara familiar.
Marcelo Lourenço, diretor da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, considerou de grande importância a realização da feira. “É um momento importante para a economia local, sem falar no benefício que traz os produtos aqui vendidos para os consumidores. Dessa forma todos estão de parabéns por acreditarem em um projeto como esse.” Considerou Marcelo acrescentando que a Prefeitura não tem medido esforços para apoiar o homem do campo. “Já realizamos o corte de terra em todo município e o resultado estar ai; produtos limpos e saudáveis para as mesas de todos nós. A Prefeitura não tem medido esforços para garantir melhorias para o agricultor.” Finalizou.
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O agricultor Izaquiel Freire de Assis, de 46 anos de idade, morador do Assentamento Perpétuo Socorro, disse que ficou muito feliz com o convite e está confiante que a partir de agora, vai melhorar a venda dos seus produtos. “Desde os sete anos de idade que trabalho com a agricultura e há três anos comecei lidar com horta, mas sempre vendi apenas para meus vizinhos. Com essa feira eu fico na expectativa de vender mais. Estou muito feliz por essa oportunidade.” Comentou.
A feira Agroecológica da Agricultura familiar de Bananeiras, é um espaço de comercialização de produtos agroecológico e artesanais, procedentes dos projetos de Assentamentos de reforma Agrária e das comunidades familiares tradicionais. Todos os agricultores envolvidos são agricultores que já produzem sem agrotóxico e, passam a ter um espaço próprio para comercialização de sua produção, gerando renda e garantindo um produto mais saudável aos consumidores.
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Durante a abertura da feira, houve apresentações artísticas culturais, com teatro, capoeira e música regional.

CODECOM-Prefeitura de Bananeiras/PB
fonte: http://folhadobrejo.com.br/site/bananeiras-pb-municipio-inicia-projeto-de-feira-agroecologica/

terça-feira, 13 de maio de 2014

Carta de apoio a Ocupação em Apodi

O MECA (Movimento de Educação do Campo e Agroecologia) e estudantes de Agroecologia do Campus III da UFPB, demonstramos nessa nota o nosso apoio às pessoas e famílias do acampamento/ocupação na chapada do Apodi contra a implantação injusta do perímetro irrigado. A morte de dois companheiros de luta agricultores locais não pode ficar em vão, mais duas sementes foram plantadas na resistência da soberania alimentar camponesa. O projeto de morte que favorece multinacionais e não moradores locais atuantes e praticantes da agroecologia vai desapropriar mais de 1000 famílias, estas já atuantes no bem estar da população e de todos seres vivos, além de manter harmonia entre a natureza e as pessoas. O projeto do perímetro irrigado já esta ultrapassado e não consta registro das famílias que lá estão, também hoje na chapada do Apodi temos o maior assentamento do MST do Brasil, símbolo da resistência e luta pela reforma agrária. É lamentável a falta de respeito com os Direitos Humanos, seu bem estar e direito a terra.

O perímetro irrigado servirá para as monoculturas frutíferas de uva e cacau que não fazem parte da agricultura local. No sistema de monocultura usando produtos químicos e agrotóxicos altamente poluentes causando grande impacto ambiental já visto no lado do Ceará, além de gerar a falta de água nas comunidades locais. Esse projeto tem previsão de uso de três anos e já ultrapassa os custos de 280 milhões de reais. Agora, por que não investir na agricultura e comunidades já atuantes no local de forma agroecológica a mais de cinquenta anos?

Não ao projeto da Morte, não ao perímetro irrigado, não aos agrotóxicos (venenos). Reforma agrária já, Reforma política já. Resistiremos e lutaremos pela chapada do Apodi e pela liberdade de tod@s.

Lutar e resistir pela chapada do Apodi. Fora o projeto da Morte.

Juventude que ousa lutar, constrói o poder popular!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

3ª Convocatória - Inscrições abertas para o I Seminário Nacional de Educação em Agroecologia

3ª Convocatória - I Seminário Nacional de Educação em Agroecologia
 
Apresentação
A 3ª Convocatória do I Seminário Nacional de Educação em Agroecologia tem como objetivo apresentar informações relativas às inscrições de trabalhos (artigos ou relatos), participação em Rodas de Diálogos e no Espaço Livre.
Para realizar a inscrição do trabalho, os interessados deverão:
1. Preencher a ficha de inscrição de trabalhos sobre experiências de Educação em Agroecologia,
2. Enviar um trabalho de acordo com as especificações do Seminário (2ª Convocatória),
3. Cadastrar sua experiência no sistema Agroecologia em Rede (obrigatório),
4. Escolher uma Roda de Diálogos em que gostaria de participar,
5. Sinalizar o interesse em expor um pôster no Espaço Livre (opcional).
Atenção: Como as vagas são limitadas, somente os autores dos textos selecionados poderão participar do seminário.

UFPB/INSA promovem curso de especialização para assentados

Imagem do Blog: equipeatescoonap
As inscrições para o Curso de Especialização “Processos Históricos e Inovações Tecnológicas no Semiárido Brasileiro” podem ser feitas até 17 de maio, por email
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHLA), em parceria com o Instituto Nacional do Semiárido (INSA), recebe online até o dia 17 de maio, inscrições para o Curso de Especialização “Processos Históricos e Inovações Tecnológicas no Semiárido Brasileiro”.
Criado pela Resolução 22/2013 do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), a especialização é realizada pelo Departamento de História da UFPB e tem como objetivo estruturar o processo de construção do conhecimento histórico, sob os preceitos da Educação do Campo, contextualizada às condições do Semiárido, para capacitar técnicos do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (ATES) e lideranças de assentamentos, propiciando o domínio de uso de tecnologias sociais sustentáveis no semiárido brasileiro.