O MECA (Movimento de Educação do Campo e Agroecologia) e estudantes de Agroecologia do Campus III da UFPB, demonstramos nessa nota o nosso apoio às pessoas e famílias do acampamento/ocupação na chapada do Apodi contra a implantação injusta do perímetro irrigado. A morte de dois companheiros de luta agricultores locais não pode ficar em vão, mais duas sementes foram plantadas na resistência da soberania alimentar camponesa. O projeto de morte que favorece multinacionais e não moradores locais atuantes e praticantes da agroecologia vai desapropriar mais de 1000 famílias, estas já atuantes no bem estar da população e de todos seres vivos, além de manter harmonia entre a natureza e as pessoas. O projeto do perímetro irrigado já esta ultrapassado e não consta registro das famílias que lá estão, também hoje na chapada do Apodi temos o maior assentamento do MST do Brasil, símbolo da resistência e luta pela reforma agrária. É lamentável a falta de respeito com os Direitos Humanos, seu bem estar e direito a terra.
O perímetro irrigado servirá para as monoculturas frutíferas de uva e cacau que não fazem parte da agricultura local. No sistema de monocultura usando produtos químicos e agrotóxicos altamente poluentes causando grande impacto ambiental já visto no lado do Ceará, além de gerar a falta de água nas comunidades locais. Esse projeto tem previsão de uso de três anos e já ultrapassa os custos de 280 milhões de reais. Agora, por que não investir na agricultura e comunidades já atuantes no local de forma agroecológica a mais de cinquenta anos?
Não ao projeto da Morte, não ao perímetro irrigado, não aos agrotóxicos (venenos). Reforma agrária já, Reforma política já. Resistiremos e lutaremos pela chapada do Apodi e pela liberdade de tod@s.
Lutar e resistir pela chapada do Apodi. Fora o projeto da Morte.
Juventude que ousa lutar, constrói o poder popular!
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