A
Paraíba terá um dia estadual de combate ao uso de agrotóxico. O projeto, de
autoria do deputado estadual Frei Anastácio (PT), que institui a data, foi
aprovado por unanimidade pela Assembléia Legislativa e falta agora ser
sancionado pelo governador do estado. “O país já ultrapassou a marca de um
milhão de toneladas de agrotóxicos vendidas. Isso representa cinco quilos e duzentos
gramas de veneno por habitante, no Brasil”, disse Frei Anastácio.
O
petista explica que o dia 19 de março tem como representação simbólica o dia de
São José como um marco. Nesse dia, os agricultores do Nordeste esperam a chuva
para começar a plantar. “Dessa forma, existe toda uma mística de esperança,
envolvendo essa data, e por isso será oportuna para o dia de combate a
intoxicação por agrotóxicos”, afirma o parlamentar.
O
projeto determina que as escolas públicas estaduais poderão promover atividades
culturais e debates, tendo em vista o incentivo à agricultura orgânica,
divulgação de métodos alternativos que combatam as pragas prejudiciais à
lavoura. “A iniciativa de apresentarmos esse projeto veio através de sugestões
dos agricultores familiares, coordenados pela Asa - Articulação do Semi-árido
-, que praticam agricultura orgânica, usando inseticidas naturais”, disse Frei
Anastácio.
O
parlamentar destaca que é importante rememorar que o uso indiscriminado de
venenos no controle de pragas e doenças das lavouras, acontece há mais de meio
século, substâncias, até então utilizadas como armas químicas durante as
grandes guerras mundiais, passaram a ser utilizadas no combate às pragas das
culturas agrícolas mundiais.
“Como
em todo o mundo, o nosso País não fugiu aos apelos da indústria dos
agrotóxicos, rendeu-se às justificativas da modernização da agricultura e de
isenção fiscal, baseada na combinação de insumos químicos. Nos últimos anos,
houve grande crescimento na utilização de agrotóxicos no Brasil, o que tem sido
associado ao aumento vertiginoso dos riscos de contaminação prejudiciais à
saúde e ao equilíbrio ambiental”, alertou.
Frei
Anastácio relata que, na última década, o mercado brasileiro de agrotóxicos
tornou-se o maior do mundo, e o faturamento com a venda de venenos agrícolas
saltou de pouco mais de US$2 bilhões
para US%7 bilhões. “Os chamados pesticidas ou praguicidas são algumas
das ameaças à saúde da população, principalmente dos trabalhadores que, no
campo ou na indústria, estão expostos, diariamente, aos venenos”,concluiu.
Com Assessoria
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