quinta-feira, 21 de julho de 2011

Cada brasileiro consome em média 5,2 litros de veneno por ano


Cada brasileiro consome em média 5,2 litros de veneno por ano.
Até quando vamos engolir isso?

Brasil mais de um milhão de toneladas de veneno foram jogados nas lavouras em 2009.
São sete bilhões de dólares utilizados em compra de agrotóxicos no país, e a venda é controlada por apenas seis empresas transnacionais, as quais respondem por 80% do mercado internacional.
A utilização excessiva dos agrotóxicos está diretamente ligada à política agrícola adotada, um modelo explorador que impulsionou o aumento da produção de forma dependente de pacotes agroquímicos, adubos, sementes transgênicas e venenos.
A utilização dos agrotóxicos na agricultura contamina o ar, os rios, os açudes, as terras cultiváveis e, de forma direta, boa parte dos alimentos consumidos pela população.
Dessa maneira, a contaminação passa a ser um problema de saúde pública e de preservação do meio ambiente. É preciso denunciar que o uso dos agrotóxicos afeta as pessoas do campo e da cidade, contaminando não apenas os agricultores que os produzem, como também quem os consome.
Na Paraíba não é diferente! O veneno está presente nos canaviais, nas plantações de fumo e de frutas e hortaliças consumidas in natura. A ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos pode causar vários tipos de câncer, anomalias, mutação nos fetos, aborto e mortes de pessoas e animais.
Em contraposição a esse modelo, aqui no estado uma grande quantidade de famílias camponesas têm consolidado sistemas de produção e distribuição agroecológicos, que utilizam, por exemplo, defensivos naturais, redes de feiras livres e bancos de sementes da paixão.
Dessa forma, torna-se necessário unir campo e cidade no combate incessante da aplicação de veneno. Junte-se a essa campanha. O combate aos agrotóxicos é um dever de todo o povo que luta pela defesa da vida.

Por uma vida saudável, não consuma agrotóxicos!

Contato Estadual do Fórum de Combate ao Agrotóxico na PB:
contraagrotoxicospb@gmail.com e 3042-5875

sexta-feira, 15 de julho de 2011

É neste sábado, Dia de Campo Agroecológico em Casserengue - PB

É neste Sábado(16), no Sitio Agroecológico, localidade na Comunidade Salgado, zona rural do município de Casserengue, mas um Dia de Campo. 
A previsão é que o dia comece as 8h30min com o café comunitário e em sequencias as atividades previstas na programação, devendo encerra a parir das 13 horas após o almoço servido na cede do sitio agroecológico.
O dia de campo deve contar com a presença do educador e Secretário da Agricultura Familiar da Paraíba, Alexandre Eduardo, que pela primeira vez como secretário, levando a mensagem do governo do estado. O evento conta também com a presença de estudantes e professores do Colégio Agrícola "Vidal de Negreiros"- CAVN, do Campus III da UFPB/CCHSA e das escolas locais e a mais importante, a presença dos agricultores da cidade.
Este Dia de Campo é uma realização do Movimento de Educação do Campo - MECA do CCHSA/UFPB, com a finalidade de apresentar as experiências agroecológicas desenvolvidas com sucesso na zona rural de Casserengue, mas especificamente no sitio agroecológico da comunidade Salgado.

Confira a seguir a programação completa


Dia de Campo de Experiências Agroecológicas

Programação


  • 8h30min - Café da manhã
Visitas
  • 9h00min -      Experimentação com manejo da fertilidade do solo nas culturas de milho e feijão. 
  • 9h30min -     Experimentação em áreas salinas e o uso de espécies plantas nativas e exóticas    tolerantes à sais.
  • 10h00min -    Experimentação com manjo e recuperação de áreas de caatinga degradadas. 
  • 10h30min -   Experimentação com manejo dos recursos Hídricos.
  • 11h00min -  Experimentação com produção diversificada de alimento. 
  • 11h30min -   Experimentação com produção de sementes da crioulas. 
  • 12h00min -   Experiências com produção de forragem. 
  • 12h30min - Almoço   

MECA/UFPB

terça-feira, 12 de julho de 2011

Comunicado Oficial do Blog aos internaútas

A você internauta que nos prestigia com a sua preferência, queremos comunicar que o nosso blog passará por manutenção nos próximos dias, com a finalidade de proporcionar a você mais recursos visuais, mais qualidade na prestação de serviço, agrupamentos do material publicado, dentre tantas outras vantagens que o nosso público merece. 

Porém, mesmo em constante mudanças, essa página não sairá do ar, por isso será normal que de vez em quanto seja presenciado diferenças no designer, mais ou menos recursos ou que recursos disponíveis ao ser utilizado, não responda como esperado. 

Essa situação deve prevalecer até 20 dias, até que concluamos os trabalhos e finalmente, uma página mais moderna seja ofertada a você que é a razão maior da existência deste meio de comunicação.


A direção
MECA/UFPB

O preço de não escutar a natureza


O cataclisma ambiental, social e humano que se abateu sobre as três cidades serranas do Rio de Janeiro - Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo -, em janeiro de 2011, com centenas de mortos e um incomensurável sofrimento dos que perderam familiares, casas e todos os haveres tem como causa mais imediata as chuvas torrenciais, próprias do verão, a configuração geofísica das montanhas, que provocam frequentemente deslizamentos fatais.

Culpam-se pessoas que ocuparam áreas de risco, incriminam-se políticos corruptos que distribuíram terrenos perigosos a pobres, critica-se o poder público que se mostrou leniente e não fez obras de prevenção, por não serem visíveis e não angariarem votos. Nisso tudo há muita verdade. Mas nisso não reside a causa principal dessa tragédia avassaladora.

A causa principal deriva do modo como costumamos tratar a natureza. Ela é generosa para conosco, pois nos oferece tudo o que precisamos para viver. Mas nós, em contrapartida, a consideramos como um objeto qualquer, entregue ao nosso bel-prazer, sem nenhum sentido de responsabilidade pela sua preservação nem lhe damos alguma retribuição. Ao contrário, tratamo-la com violência, depredamo-la, arrancando tudo o que podemos dela para nosso benefício. E ainda a transformamos numa imensa lixeira de nossos dejetos.

Pior ainda: nós não conhecemos sua natureza e sua história. Somos analfabetos e ignorantes da história que se realizou nos nossos lugares no percurso de milhares e milhares de anos.

O universo e a natureza possuem história. Ela está sendo contada pelas estrelas, pela Terra, pelo afloramento e elevação das montanhas, pelos animais, pelas florestas e pelos rios. Nossa tarefa é saber escutar e interpretar as mensagens que eles nos mandam. Os povos originários sabiam captar cada movimento das nuvens, o sentido dos ventos e sabiam quando vinham ou não trombas d’água. Nós desaprendemos tudo isso.

No caso das cidades serranas: é natural que haja chuvas torrenciais no verão. Sempre podem ocorrer desmoronamentos de encostas. Sabemos que já se instalou o aquecimento global que torna os eventos extremos mais frequentes e mais densos. Conhecemos os vales profundos e os riachos que correm neles. Mas não escutamos a mensagem que eles nos enviam que é: não construir casas nas encostas; não morar perto do rio e preservar zelosamente a mata ciliar.

Estamos pagando alto preço pelo nosso descaso e pela dizimação da mata atlântica que equilibrava o regime das chuvas. O que se impõe agora é escutar a natureza e fazer obras preventivas que respeitem o modo de ser de cada encosta, de cada vale e de cada rio.
Leonardo Boff,
filósofo, teólogo e escritor, Petrópolis, RJ.

Agricultura familiar reduz desigualdade, diz Dilma ao lançar plano

Para Dilma Rousseff, agrigultura familiar tem sido responsável por um 'feito extraordinário' nos últimos anos, ao contribuir para reduzir desigualdades e criar um Brasil mais democrático. Presidenta lança plano safra 2011/2012 do segmento que repete quantia do ano passado, maz diz que governo reforçará os R$ 16 bilhões, caso agricultores consigam usar todo o dinheiro disponível, o que nunca aconteceu. Além de crédito, o plano tem medidas de garantia de renda e de demanda que o governo entende que também vão ajudar a agricultura familiar.
BRASÍLIA – A presidenta Dilma Rousseff lançou nesta terça-feira (12/07) o Plano Safra 2011/2012 da agricultura familiar, com R$ 16 bilhões em crédito, dizendo que o segmento tem sido responsável por um “feito extraordinário” no país. “Esse feito foi a redução da desigualdade. A agricultura familiar cria um Brasil mais democrático”, declarou a presidenta, em discurso na cidade de Francisco Beltrão, no Paraná.

No evento, Dilma afirmou que o valor reservado aos pequenos produtores pode subir, caso eles consigam usar toda a quantia. Esta é a primeira vez que o plano da agricultura familiar repete o valor do ano anterior. No plano dos grandes produtores, o financiamento ficou R$ 7 bilhões mais gordo (R$ 107 bilhões). “Se houver necessidade de recursos, eles estarão disponíveis. Queremos que mais agricultores familiares tenham acesso”, disse a presidenta. Desde a década passada, o segmento nunca utilizou todo a verba separada.

O dinheiro está liberado para empréstimo a agricultores familiares desde 1° de julho, quando o ministério do Desenvolvimento Agrário publicou portaria com as regras para os bancos operarem o Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). O plano seria lançado naquela dia por Dilma, mas houve adiamento por causa do mau tempo em Francisco Beltrão.